Alan Wake 2: Night Springs é a síntese da genialidade de Sam Lake nos videogames | Review (2024)

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Após meses de espera, o primeiro DLC de Alan Wake 2 chegou e finalmente pudemos voltar ao terror de Night Springs. Os novos conteúdos são apresentados como uma série de TV dividida em três episódios, com cada um deles apresentando um protagonista. No primeiro episódio, controlamos Rose Marigold, a garçonete da campanha principal; no segundo, jogamos com a protagonista de Control, Jesse Faden; enquanto no terceiro capítulo assumimos o papel do xerife Tim Breaker. Todos os episódios são extremamente divertidos, com o último deles culminando em momentos de extrema genialidade de Sam Lake, uma das principais mentes dos jogos eletrônicos não apenas da atualidade, mas das últimas décadas.

O poder do amor

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Para acessar Night Springs, basta ir ao menu de expansões do jogo e lá estarão os episódios disponíveis, com o primeiro deles sendo o da garçonete, Rose Marigold. Neste trecho, vemos uma narrativa fictícia, mais boba e colorida do que o restante do jogo. Começamos com Rose no banheiro, explicando como funciona a vida e de como os grandes destinos te encontram pelo acaso. Vemos todo o seu sentimento amoroso por um escritor que é Alan Wake, então o jogo começa.

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Servimos café na lanchonete, damos conselhos, recolhemos pratos de clientes, até que no depósito o escritor envia um pedido de socorro a Rose. Nessa hora pegamos algumas armas e, então, a gameplay começa de fato. O irmão malvado do escritor colocou Alan Wake em perigo e devemos salvá-lo. Como mencionado anteriormente, esse capítulo é bem bobo e divertido: basicamente saímos atirando contra os Possuídos e tentamos salvar Alan, que está preso na Sala do Escritor no asilo que visitamos na campanha principal.

Survival horror em Control

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O segundo episódio de Night Springs, acompanha Jesse Faden, a protagonista de Control. Diferentemente do capítulo de Rose, este é bastante soturno e usa uma estrutura de survival horror bem próxima da vista na campanha principal. Com Jesse, chegamos ao parque de diversões da cidade, o mesmo que exploramos com Saga Anderson no jogo base, e lá temos que procurar nosso irmão. É aí que encontramos o xerife Tim Breaker, que nos localiza sobre o que acontece no local e nos dá uma arma e uma lanterna para nos defendermos das sombras que dominam o local. Toda a jogabilidade deste trecho usa o terror de sobrevivência de forma excelente, apesar da abundância em recursos, o que tira a sensação de estarmos indefesos.

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Breaker nos avisa que o governo esconde as pessoas desaparecidas em um armazém próximo ao parque, então devemos solucionar alguns puzzles até entrarmos no local em que, supostamente, nosso irmão está. Quando adentramos o armazém, devemos deixar nossas armas e seguir em uma seção de gameplay desarmados, e caso algum dos perseguidores nos capture, é morte instantânea. O final desse episódio é de explodir cabeças e deixa grandes mistérios sem respostas que só saberemos nos próximos títulos da Remedy ou no próximo DLC de Alan Wake 2. Porém, Sam Lake deixou a melhor parte para o capítulo final de Night Springs.

A genialidade de Sam Lake

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O terceiro e último episódio do DLC é genial e uma preciosidade dentro dos videogames sobre a qual precisamos falar. Neste trecho, acompanhamos a filmagem de um jogo protagonizado por Tim Breaker e dirigido pelo próprio Sam Lake. Aqui temos inúmeras referências a Quantum Break e até mesmo à carreira de ator de Shawn Ashmore, que participou de filmes dos X-Men nos anos 2000 e interpreta tanto xerife de Alan Wake 2 quanto o protagonista de Quanto Break.

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Quanto à jogabilidade, ela é bastante survival horror e neste capítulo novamente visitamos locais conhecidos: temos um trecho em 8-bit que homenageia os primórdios dos jogos eletrônicos e, voltando ainda mais no passado dos games, temos também um momento em que o terceiro episódio se torna um jogo de texto da época em que os videogames não tinham nem gráficos. A Remedy brinca bastante com a metalinguagem, assim como fez na campanha principal, o que acaba construindo uma narrativa brilhante.

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Sabemos que a Remedy estabeleceu um multiverso conectado entre seus jogos, e que Alan Wake e Control estão diretamente ligados, porém, jogos como Quantum Break ficam de fora dessa equação por conta de licenças contratuais. Mas, no terceiro episódio de Night Springs, Sam Lake amarra todas essas pontas de forma genial e coesa.

A narrativa deste trecho é impressionante, apresenta um vilão excelente, momentos de pura genialidade que mostram o poder da mídia dos games como arte e evidência a genialidade de Sam Lake e Kyle Rowley, que formam uma dupla capaz de criar algo que transcende mídias e transformam Alan Wake 2: Night Springs em uma preciosidade. É espetacular o trabalho do estúdio neste terceiro episódio do DLC que é filme, jogo de terceira pessoa, game de texto, quadrinho e muitas outras mídias ao mesmo tempo, e de forma extremamente sinérgica.

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O futuro de Alan Wake 2

Ainda não sabemos quais impactos os episódios de Night Spring terão neste grande multiverso da Remedy Entertainment, já que agora tudo está conectado. Ainda temos mais um DLC a ser lançado para o survival horror de 2023, porém, o grande impacto dessa expansão fica no cenário macro da Remedy e me deixou extremamente curioso para os próximos passos da desenvolvedora, que possui verdadeiros gênios dentro da equipe.

Mesmos erros da campanha principal

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Quando fiz a review do jogo original, citei alguns bugs como as legendas que se acumulam e tomam conta da tela inteira, e esse mesmo bug voltou a acontecer comigo no terceiro episódio de Night Springs em um momento bastante específico. Uma pequena falha de carregamento nas armas também me ocorreu, mas não impactou tanto na minha experiência.

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O DLC Night Springs brilha muito em suas narrativas apresentadas em cada capítulo e traz muitas perguntas não somente para Alan Wake, mas para Control e até mesmo Quantum Break, que entram nesta grande espiral que é o multiverso criado pela Remedy. Os três episódios são divertidos, trazem humor, terror e impressionam pela qualidade do enredo e jogabilidade.

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